Seja bem vindo! 03 de maio de 2025
\"Ide e pregai o evangelho a toda criatura...\"

JORNADA PELA ÍNDIA E NEPAL

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Chegada dos obreiros ao seminário de Pokhara

De 1º a 20 de junho, uma comitiva brasileira, composta pelo Pr. Humberto Schimitt Vieira, Presidente do Ministério Restauração e da A.M.E. Heróis da Fé, Pr. James Schimitt Vieira, de Porto Alegre/RS, e irmão Eduardo Silva, de Três Rios/RJ, empreendeu uma grande viagem missionária pelos países Índia e Nepal. Confira, a seguir, um pouco do que Deus realizou durante esses dias naquelas distantes nações:

Após a chegada na Índia, a comitiva – recepcionados e auxiliados pela irmã Mari na cidade de Bangalore – começou um intenso programa de jejum, oração e trabalho.

Bangalore é uma megalópole, a terceira maior cidade da Índia. Reúne desde milionários até miseráveis. Nela, coexistem mansões e vilas inteiramente formadas por barracos de lona plástica. Há bairros inteiros onde cada família mora em uma minúscula peça.

Os cinco primeiros dias foram destinados à oração, jejum, legalização da igreja e preparação tanto dos dois seminários que foram realizados em Bangalore, quanto da inauguração da igreja e do templo.

Legalização da Igreja 

Em uma verdadeira corrida contra o relógio, foi possível, em uma semana, após diversas reuniões com um advogado, legalizar o Ministério Restauração no estado de Karnataka, cuja capital é Bangalore.

Templo 
O templo está localizado em uma das esquinas mais movimentadas da cidade, numa junção de quatro conhecidas avenidas: Haines, Pottery Road, Bore Bank Road e Tannery Road. Muitos milhares de carros passam diariamente por ali, além de inúmeras linhas de trem.

A igreja ficou localizada justamente na linha que divide a miséria da riqueza. Quando se fala em Tanery Road, todos temem. Sequer os motoristas de riquixá querem ir lá. Assim, localizado no início dessa avenida, o templo ficou no limite onde ricos e pobres se animam a ir.

O salão é amplo, com depósito, cozinha, sala pastoral e banheiro.
A localização é ótima. Quando os irmãos do Brasil iam orar no templo, a qualquer hora do dia ou da noite, pessoas entravam na igreja para pedir oração, e algumas delas, que entraram doentes, foram curadas pelo poder de Jesus.

À noite, alguns bêbados entraram na igreja e foram tocados por Jesus, ficando curados da embriaguez. Durante o dia, a maior parte dos que entravam para orar e receber oração eram as crianças.

Visita à Escola 

Pr. Humberto, Pr. James e irmão Eduardo tiveram a oportunidade de visitar a escola onde a irmã Mari leciona português. Ficaram impressionados com o carisma que ela tem entre as crianças. Todas corriam na sua volta, saudando os visitantes em português, e, em um minuto, uma parte delas se agrupou em forma de coral e começou a cantar: “é bom, é muito bom, é muito bom ter Jesus no coração… “

Motocicleta 

Com as ofertas de “Heróis da Fé” do Brasil, foi comprada uma moto Honda zero km,  de 110 cc, para uso do obreiro local, Pb. Moses Nandam.

Seminário para Obreiros em Bangalore 

O seminário para obreiros começou na quinta-feira, dia 9 de junho, estendendo-se até sábado, dia 11, tendo sido ministradas as matérias “Ética Ministerial” e “A Conquista de Ser Servo”, com os obreiros jejuando todos os dias.

Participaram do evento obreiros de Durkee, Markapur, Tripuranthakam, Vinukonda, Macherla e Miriampalle – todas essas cidades do Estado de Andra Pradesh -, além de irmãos de Bangalore, Karnataka.

Seminário Geral em Bangalore 

Durante os mesmos dias, de quinta-feira a sábado, foi ministrado o Seminário “Quem é Deus, Quem é o Homem, como tocar em Deus”.

Na ocasião, Deus derramou da Sua glória. Um casal que vinha sendo evangelizado pela irmã Mari aceitou a Cristo como Salvador.

Um outro caso interessante aconteceu com a professora de Kannada (língua oficial do Estado de Karnataka) da irmã Mari. Embora tendo nascido numa família hindu, não concordava com o hinduísmo, pois, segundo ela, nos cultos hindus somente podia chegar perto da imagem do deus as pessoas ricas e de casta alta.  Entretanto, há anos ela visitava igrejas cristãs, juntamente com seu marido, e não via diferença entre um culto hindu e cristão, pois, para ela, tudo não passava de palavras ocas. Porém, ela própria testificou que, no sábado, pela primeira vez na vida, sentiu Deus, e as coisas passaram a fazer sentido. Seu esposo, que já era cristão, foi tocado por Deus, caiu no chão e foi cheio do Espírito Santo. Esse homem fala cinco idiomas. Quem sabe não será um valoroso obreiro do Senhor em solo indiano? Agora, o casal quer seguir no Ministério. Ore por eles. Os servos do Senhor foram até a casa deles e, por quase três horas, responderam suas perguntas.

Outras pessoas foram igualmente alcançadas pela Palavra de Deus. Somente o tempo e o céu hão de revelar o que Deus fez nesses dias.

Inauguração da Igreja 

No domingo, dia 12, foi oficialmente inaugurado o templo na cidade. Mais de trinta irmãos vieram do Estado de Andra Pradesh, viajando mais de 1.000 km ida e volta.

Foi um culto maravilhoso. Dentre as muitas coisas que Deus fez nesse dia, chamou a atenção o trabalho do Espírito Santo trazendo pessoas na igreja. Dentre os que vieram ao culto, estava o advogado contratado pela Igreja, Dr. Arno Armstrong, e o dono da casa de aluguel onde mora a irmã Mari, Sir Utah, juntamente com sua esposa, sra. Nimy. Eles são hindus – ou, quem sabe, eram –  mas gostaram tanto da igreja que, no outro domingo, retornaram ao culto trazendo membros de mais duas famílias. Eles estão sendo evangelizados, acima de tudo, pelo testemunho da irmã Mari, segundo relatou Sir Utah.

Batismo em Águas 

No domingo à tarde, divididos em cinco riquixás lotados, além do carro da igreja, o Alto, que, menor que um Fiat Uno, transportou 8 pessoas de uma só vez, todos “viajaram” para o outro lado da cidade, para realizar o batismo de quatro novas irmãs, duas de Bangalore e duas de Vinukonda.

Viagem ao Topo do Mundo

No dia 13, segunda-feira, pela madrugada, chegou a hora da partida para o Nepal, chamado de Topo do Planeta, pois, naquele país, na cordilheira do Himalaia, estão localizados os picos mais altos do mundo.

Foram 20 horas de viagem desde a casa da irmã Mari em Bangalore até Pokhara, no Nepal. Devido ao adiantado da hora, quando os irmãos chegaram em Kathmandu, capital do país, não havia mais ônibus, e tiveram que pegar um táxi. Foram 7 horas para fazer 200 km até Pokhara, onde está a sede do trabalho no Nepal.

Seminário para Obreiros 

Desde a manhã de terça-feira, até a tarde de quinta-feira, foram ministrados os cursos “Poder e Autoridade” e “A Conquista de Ser Servo” para mais de trinta obreiros de oito diferentes denominações. Em um dos dias, o seminário foi ministrado em jejum. Por diversas vezes a glória de Deus caía e o seminário se transformava em campanha de avivamento. Aleluia. O próprio encarregado local, irmão Louis Xavier, testemunhou que Deus mudou a sua vida nesses dias.

A fome de aprender é grande naquele país dominado pelo hinduísmo e pelo budismo. Os obreiros suplicaram que o material que foi levado em inglês fosse traduzido para o nepali, língua oficial do Nepal.

Seminário Geral 

O seminário geral para o povo, de terça-feira até quinta-feira, sempre à noite, trouxe momentos de avivamento e salvação. Boa parte de ambos seminários foi feito à luz de velas, pois falta luz na maior parte do dia naquela cidade, que é a segunda maior do país.

Regresso à Índia 

Na sexta-feira, cedo, a comitiva retornou a Kathmandu, de ônibus. Dessa vez, foram dez horas para fazer 200 km, na estrada de montanha, cheia de curvas. A cada curva, um perigo, e também uma sempre surpreendente paisagem. De um lado, a montanha. Do outro lado, o precipício, que termina sempre em um rio de águas bravias.

No outro dia, de avião, os irmãos partiram para New Delhi, capital da Índia, onde foi feita a conexão para Bangalore. Ao chegarem na cidade, todos já foram para a igreja, onde mais um culto estava prestes a iniciar.

Surpresa 

No domingo, enquanto o Pr. Humberto foi pregar na igreja cujo pastor é o diretor da escola onde a irmã Mari leciona, e por meio do qual ela conseguiu o visto, o Pr. James ministrou a escola dominical na igreja recém-inaugurada.

Após a escola, o Pr. Humberto retornou e pregou a palavra de Deus. Sua glória, mais uma vez, foi derramada.

Deus reservara algumas surpresas para aquela manhã. A primeira é que o casal de hindus que é proprietário da casa alugada em que a irmã Mari vive não somente veio na igreja como trouxe mais convidados. Aleluia.

A segunda surpresa maravilhosa foi que a glória de Deus foi derramada de maneira poderosa. Inclusive, Jesus batizou com o Espírito Santo a jovem que estava fazendo a tradução para o telugu. O Pr. Humberto teve que seguir ministrando somente em inglês, pois a irmã Zípora, em vez do telugu, passou a falar em novas línguas.

Primeira Santa Ceia 

No domingo à tarde, ocorreu a primeira Santa Ceia em Bangalore, dando-se, assim, a partida inicial da igreja naquela cidade.

O Pb. Moses Nandam ficou responsável pela área espiritual da igreja, e a irmã Mari pela parte administrativa e material.

Despedida da Índia 

Foram dias de intenso trabalho e batalhas espirituais. Em nenhuma noite, os servos de Deus dormiram o suficiente: o intenso trabalho e o combate espiritual não permitiam.

A irmã Mari se mostrou uma gigante, pois era a primeira a começar a trabalhar e a última a deitar, já que, além de arrumar tudo e preparar a alimentação, tinha que deixar a casa onde mora e que destinou para os visitantes brasileiros, para ir a um outro lugar que conseguiu para dormir.

Depois da Santa Ceia, não houve trégua ao trabalho: três das famílias que estão participando dos cultos ouviram mais da palavra de Deus em suas próprias casas ao receberem a visita dos irmãos, que voltaram para casa com tempo suficiente apenas para comer alguma coisa e arrumar as malas.

A uma hora da manhã, a irmã Mari conduziu o cansado, mas satisfeito trio, no carrinho Alto, de apenas 800 cc, ao aeroporto. As malas e os passageiros eram demais para o pequeno veículo, mas assim é a obra na Índia: um desafio acima da capacidade humana. Porém, tal qual o pequeno Alto, gemendo seu motorzinho, com as malas amarradas em seu teto, conduziu os servos do Senhor ao aeroporto, assim também Deus dará condições a todos os envolvidos nessa obra, quer aqui no Brasil, quer no front, para levar a bom termo esse desafio, embora, muitas vezes, gemendo sob o peso de tamanha carga.

NOVOS DESAFIOS NA ÍNDIA

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Confira o relato da irmã Mári, missionária enviada pelo Ministério Restauração à Índia, por meio da A.M.E. Heróis da Fé, que, após um período em Markapur, Estado de Andra Pradesh, agora está se estabelecendo na grande cidade de Bangalore, no Estado de Karnataka:

Paz do Senhor a todos!

É com alegria que compartilho com os irmãos mais algumas notícias aqui da Índia.

Nos primeiros quinze dias após minha chegada, fiquei em um hotel bem bom e barato, que me dava condições de preparar meu próprio alimento e que me deu estabilidade para poder resolver a questão do meu registro na Imigração.

Porém, considerando que não sabia quando encontraria uma casa para morar e montar a base do trabalho, para economizar o dinheirinho da obra, alojei-me numa pensão, com mais duas moças, e ali fiquei, enquanto procurava casa para alugar. Era um quartinho de 2,5m x 3m, com uma cama, um armário, uma cadeira, uma pequenina mesa de 50 cm de altura e um fogareiro. O banheiro e a geladeira ficavam fora do quarto e não havia acesso à Internet. Além disso, o dono da pensão, hindu de casta alta, proibiu-me de preparar qualquer tipo de carne enquanto estivesse na pensão. E eu obedeci. Certo dia, estava morrendo de vontade de comer um franguinho e consegui um restaurante que preparou uns cubinhos de galinha fritos, sem pimenta. Por cerca de 200 gramas, paguei o equivalente a 20 reais. E fiz durar por três refeições. Risos… Tudo bênção! Apesar de tudo, fiquei bem contente com a conquista e com a economia que fizemos.

 Geladeira e liquinho da pensão
Geladeira e liquinho da pensão
Lavando roupas no tanque indiano
Lavando roupas no tanque indiano
Pia da cozinha da pensão
Pia da cozinha da pensão
Travesseiro da pensão
Travesseiro da pensão

 

Visita às igrejas indianas

Enquanto estava nessa pensão, fui visitar a obra em Andra Pradesh, na época do Natal e Ano Novo.

Uma escola de Markapur nos convidou para levar uma palavra. O irmão Prabhakar pregou e eu deixei uma pequena mensagem para as crianças. Em meio a isso, serviram um pedaço de bolo com guardanapos de jornal. Depois, dezenas de crianças vieram me pedir autógrafo. Como eu não sou artista para isso, não querendo desapontar as crianças, escrevi em inglês nos cadernos, e até no braço de alguns adultos, a maior parte deles hindus: “Jesus loves you” (Jesus te ama).

Parte dos alunos da escola de Markapur
Parte dos alunos da escola de Markapur
 Jornal é usado como guardanapo e até prato aqui na Índia
Jornal é usado como guardanapo e até prato aqui na Índia
Crianças e adultos da escola recebem mensagem do amor de Jesus
Crianças e adultos da escola recebem mensagem do amor de Jesus
Crianças e adultos da escola recebem mensagem do amor de Jesus
Crianças e adultos da escola recebem mensagem do amor de Jesus

Como é do conhecimento de todos, temos atualmente cinco trabalhos no estado de Andra Pradesh, nas cidades de Markapur, Tripurantakam, Vinukonda, Miriyanpalli e Macherla. Visitei cada local em dezembro e, de lá para cá, tenho feito visitas mensais, quando participo de alguns cultos e nos reunimos em um dia de consagração.

Irmão Kondaya Paul e família, de Tripurantakam
Irmão Kondaya Paul e família, de Tripurantakam
Irmão Kondaya Paul e esposa, com a moto doada pelo Brasil
Irmão Kondaya Paul e esposa, com a moto doada pelo Brasil
Irmão Purushotam e esposa, de Miriyanpalli
Irmão Purushotam e esposa, de Miriyanpalli
Família Anand Paul em frente ao templo, em Vinukonda
Família Anand Paul em frente ao templo, em Vinukonda
 Irmã Mári e irmão Prabhakar, em Markapur
Irmã Mári e irmão Prabhakar, em Markapur
Irmã Suzan, esposa do ir. Prabhakar
Irmã Suzan, esposa do ir. Prabhakar

Os frutos já são visíveis

Quando cheguei do Brasil e visitei Markapur pela primeira vez, emocionei-me em rever a família do Prassad (aquele canceroso que converteu-se antes de morrer). Estavam todos no templo, servindo a Deus. É impressionante a diferença que Deus faz na vida de uma pessoa! As crianças também ficaram alegres em me ver e retornaram ao portão da casa, como faziam antigamente.

Esposa do Prassad
Esposa do Prassad

04b Família do Prassad firme no Caminho. Que alegria revê-los tão bem como estão04 Família do Prassad firme no Caminho. Que alegria revê-los tão bem como estão

05 Anamma, viúva do Prassad louva ao Senhor com mais duas da família
Nesta e nas três imagens anteriores, membros da família do Prassad. Que alegria vê-los tão bem como estão!
01 Crianças de Markapur voltam ao portão da casa para me chamar
Crianças de Markapur voltam ao portão da casa para me chamar
Vista do templo em Markapur
Vista do templo em Markapur

O irmão Anand Paul e sua família estão com um trabalho lindo com crianças, na cidade de Vinukonda. Quando os visitei pela primeira vez, as crianças me recepcionaram com flores e cartazes de boas-vindas e, no dia seguinte, cerca de 30 delas seguiram em fila indiana desde a casa da família Anand até a AD Restauração para a “reunião” da noite.

Crianças recepcionando ir. Mári
Crianças recepcionando ir. Mári
Família Anand Paul com crianças, numa manhã de devocional
Família Anand Paul com crianças, numa manhã de devocional
Vista do templo, na reunião da noite
Vista do templo, na reunião da noite
Vista do templo, na reunião da noite
Vista do templo, na reunião da noite
Susanna e Keerty, filhas do ir. Anand
Susanna e Keerty, filhas do ir. Anand Paul

 

Aventuras na locomoção

Locomover-se, aqui na Índia, é sempre uma aventura – seja pela paisagem ou pelos inusitados dos caminhos, seja pelo estado dos transportes ou pelos perigos reais.

Numa das viagens, ao voltar à Bangalore, peguei um trem, junto com toda a família Anand Paul, rumo à cidade de Vijaiawada, para lá pegar um ônibus para Bangalore.

A viagem durou quatro horas. No caminho, tivemos que trocar de trem e, como nosso tempo estava curto e o trem em que deveríamos seguir viagem estava ao lado do nosso, o irmão Anand me perguntou se eu me animava a trocar de trem pelo meio dos trilhos. E eu fui…

Quando estávamos quase chegando em Vinukonda, o trem parou em determinado lugar, fora de estação, e o irmão Anand nos disse que era bem próximo da rodoviária e que deveríamos descer rapidamente. Ocorre que nosso vagão estava justamente sobre um viaduto, e descemos do trem a meio metro da “queda”. Eu me apavorei, mas fui. E ainda filmei. Risos… Uma aventura que jamais imaginei passar… somente Jesus para nos guardar…

 Durante a viagem, o trem para muitas vezes
Durante a viagem, o trem para muitas vezes

No início de fevereiro, voltei a visitar as AD Restauração de Andra Pradesh e, desta vez, aventurei-me a ir em um “super luxury bus”, uma classe de ônibus bem comum aqui e que, de luxo, só as almas que andam nele. As viagens são sempre à noite. Quando estávamos a cerca de 100 km de distância de Bangalore, num desertão indiano, na escuridão da noite, quando nem uma luz se via, o ônibus estragou. Os guerreiros motorista e cobrador levantaram o capô do motor, pegaram uma barra de ferro e, ajudados pela luz de celular de alguns dos super hiper tranquilos passageiros, entraram embaixo do ônibus e começaram a bater, bater, bater…. e o ônibus saiu andando novamente, até encontrar, alguns quilômetros mais à frente, uma oficina que terminou o conserto e permitiu que seguíssemos a viagem estrada e selva adentro, sempre com a porta do ônibus aberta, e a 30 ou 40 km por hora.

 Ônibus super luxury que estragou no caminho e no qual viajei 14 horas com a porta aberta, inclusive na selva de tigres
Ônibus super luxury que estragou no caminho e no qual viajei 14 horas com a porta aberta, inclusive na selva de tigres
Bagageiro do ônibus. Observem a forma como o pobre homem leva a caixa para cima
Bagageiro do ônibus. Observem a forma como o pobre homem leva a caixa para cima
Bagageiro do ônibus
Bagageiro do ônibus
Bebedouro do ônibus
Bebedouro do ônibus
O motor estragado foi consertado a marretadas, sob a luz de celulares
O motor estragado foi consertado a marretadas, sob a luz de celulares

Antes de retornar a Bangalore, a irmã Letícia, da Ramo da Videira, me enviou uma mensagem dizendo que oraram por mim no Brasil, pois souberam da notícia do tigre que entrou numa escola aqui em Bangalore e fez com que, pelo medo, cerca de 100 escolas fechassem as portas nos dias seguintes. Como eu estou trabalhando numa escola, ficaram preocupados.

Eu não estava sabendo da notícia, mas, quando li a mensagem dela, imediatamente me dei conta do perigo que corri em viajar 14 horas num ônibus naquele estado. Senti como um aviso divino e, na volta, pensando no perigo que corremos andando pela selva de tigres com a porta do ônibus aberta, decidi não arriscar virar comida de tigre e vim por outro caminho e com ônibus mais seguro.

 Ônibus do trajeto Ongolu à Markapur - 2h30min de viagem
Ônibus do trajeto Ongolu à Markapur – 2h30min de viagem

Aqui na cidade, um grande problema que enfrento são os rikixás. Eles escolhem corrida, cobram exorbitâncias e, muitas vezes, se recusam a usar o taxímetro ou usam, mas, no meio da viagem, trocam o preço e exigem mais dinheiro. Por essas e outras razões, certo dia acabei pulando de um rikixá num lugar muito escuro e deserto, com duas sacolas pesadas nos braços. Por providência divina, uma senhora apareceu e me ajudou no caminho até um ponto iluminado, onde pude pegar outro rikixá.

Outro dia, o motorista começou a cobrar mais quando eu estava quase chegando na escola onde trabalho. Eu paguei o devido, de acordo com taxímetro, e desci. Ele enfureceu-se comigo, parou o rikixá e saiu correndo atrás de mim escola adentro. Todas as classes pararam a aula e vieram para as sacadas, que dão para o átrio interno da escola, para ver o que estava acontecendo. O homem estava possuído e não parava de falar. Para acabar com aquilo, acabei pagando o que ele queria, mas fiquei muito chocada com o fato.

Há também a questão de que muitos motoristas são muçulmanos e já tive algumas outras experiências negativas aqui nos eles quando procurava casa para alugar. Muitos deles são intolerantes com os cristãos. Somente Jesus para nos guardar do mal.

É estressante e terrível a situação desse tipo de transporte aqui. Fora isso, tem a questão da poluição que, por vezes, torna o ar irrespirável. Mas tudo fazemos por Ele e para Ele. Nosso tempo nessa terra é tão curto…

Poluição do ar obriga a gente a carregar sempre a manta e usá-la como máscara
Poluição do ar obriga a gente a carregar sempre a manta e usá-la como máscara
Rikixá e muçulmanos existem “a varrer” aqui em Bangalore...
Rikixá e muçulmanos existem “a varrer” aqui em Bangalore…

O trabalho na escola

Ainda nos dias em que estava morando na pensão, comecei a trabalhar como professora de Português em uma escola indiana.

Os estudantes estão gostando muito. São crianças de duas turmas diferentes, num total de 56 alunos.

Para ensiná-las, uso projetor, muitas imagem, objetos e gestos. É somente pela graça do Altíssimo, pois meu Inglês deixa muito a desejar. Mas, mesmo assim, elas estão aprendendo e, inclusive, crianças hindus e islâmicas já cantam em Português dizendo que “é muito bom ter Jesus no coração”.

Escola onde trabalho
Escola onde trabalho
Alunos das aulas de Português
Alunos das aulas de Português
Conferindo os temas de casa nos cadernos, normalmente às quartas-feiras, depois do término da aula
Conferindo os temas de casa nos cadernos, normalmente às quartas-feiras, depois do término da aula

Aluguel da casa

No dia 25 de janeiro, finalmente me mudei para a casa que alugamos. Uma boa casa, próximo à maior e mais pobre favela de Bangalore, e quase debaixo de um viaduto.

Depois de cozinhar num fogareiro por 25 dias, passei mais 15 sem fogão, preparando meu alimento apenas no micro-ondas que compramos. Ocorre que, aqui, os serviços, principalmente para pessoal de fora, são rigorosamente controlados pelo governo. Assim sendo, tive de me cadastrar e esperar pela aprovação para poder comprar gás, o que demora 10 dias ou mais.

Hoje já estou com praticamente toda a casa mobiliada, fruto das contribuições dos irmãos, inclusive de pessoas que me ajudaram nos meses em que estava no Brasil esperando o visto. Tudo serviu e está servindo de bênção para os trabalhos aqui. Agradeço a todos. Doaram para o Reino, e Deus vos recompensará.

 Fachada da casa que alugamos. No primeiro piso moram os proprietários
Fachada da casa que alugamos. No primeiro piso moram os proprietários
 Proprietários da casa que alugamos
Proprietários da casa que alugamos

Lançando a semente

Nesse ínterim, trabalhando e procurando casa para alugar, passei a manter contato com alguns irmãos que vivem aqui, indicados pelo irmão Moses. Por eles, conheci novas pessoas crentes e também visitei muitos templos, entre eles um localizado no centro de uma favela com casas de lona plástica. Eu já fui duas vezes nesse lugar. Cerca de 25 pessoas assistem aos cultos ali.

Templo no meio da vila
Templo no meio da vila

A pedido do irmão Louis, do Nepal, fui procurar sua mãe, que ele não vê há muitos anos, e a encontrei. Assim, estou conhecendo a cada dia mais pessoas, fazendo amizades e aguardando o momento da Restauração se estabelecer em Bangalore.

Mãe do irmão Louis, do Nepal (à esquerda)
Mãe do irmão Louis, do Nepal (à esquerda)

Certo dia, enquanto procurava casa para alugar, senti de chegar numa casa antiga, escondida entre árvores, o que não é normal aqui, com um enorme terreno, para ver se não queriam vender. Comecei a conversar com o casal de moradores e com mais algumas pessoas que ali estavam. Convidaram-me para entrar, conversamos e ficamos amigos. Então, soube que eram católicos. É um casal muito especial que, desde então, tenho visitado com frequência. Já cantei em Telugu para eles, oro por eles e tratei o cachorro, com sarna, que dorme dentro de casa.

Eles abriram as portas de sua casa para fazermos reuniões e estão esperando a chegada do irmão Moses, que dará início à igreja nesta cidade.

O cachorro, que não tinha mais pêlo em boa parte do corpo, está curado. E o Joseph, o dono da casa, está muito feliz por isso. Sempre soube que óleo queimado é bom para curar sarna, mas nunca havia usado. É impressionante o resultado. Três dias depois, o cachorro já estava criando pêlo.

Esta semana, fui novamente visitá-los e dar banho no cachorro. Encontrei o Joseph assistindo programa evangélico americano na TV. Ele tem sede de Deus. Estamos todos esperando o irmão Moses chegar.

Joseph e Rupa
Joseph e Rupa
Iniciando mais um banho no cachorro do Joseph
Iniciando mais um banho no cachorro do Joseph
Em uma casa muito escura, com a Bíblia sobre a mesa, em meio ao cachorro e alguns gatos, o Joseph assiste programa evangélico americano
Em uma casa muito escura, com a Bíblia sobre a mesa, em meio ao cachorro e alguns gatos, o Joseph assiste programa evangélico americano

Pedido de oração

Este mês também começaram as aulas de Inglês e de Kannada, a língua mais falada aqui em Bangalore. Tenho aula todos os dias da semana. A professora está me questionando muitas coisas de Bíblia e estou respondendo. Dei uma Bíblia para ela. Seu esposo é servo de Deus.

 No curso de Inglês
No curso de Inglês

Bem, seriam essas as notícias que, resumidamente, gostaria de passar aos irmãos nesse momento. Teria muito que contar, mas o tempo é curto. Peço que intercedam a Deus por mim, pois tenho entendido cada vez mais que, para ajudar esse povo, é necessário saber falar a língua deles. Também peçam para que Deus me guarde de todo o mal, pois somente Ele é a nossa segurança, e que todo o projeto dEle se cumpra em nossas vidas e nesta nação.

Que Deus recompense-os pelas orações, pelo carinho, pelas contribuições… por tudo.

Devuru nimanú assinada madalí! (Deus vos abençoe, em Kannada).

A obra de Deus na Angola

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Batismo em águas

Leia, a seguir, o relatório enviado pelo missionário Domingo Sampaio, que registra feitos da igreja do Senhor Jesus no país de Angola, no Continente Africano:

Prezados irmãos,

É com alegria que vos escrevo para dar notícias da obra missionária aqui no país de Angola, no Continente Africano, especificamente no município de Quiçama, onde estou atuando.

Começo dizendo “Ebenezer, até aqui nos ajudou o Senhor!”. Apesar das dificuldades que passamos devido à crise que afeta nosso país, a obra de Deus não pára. Muitos dos nossos irmãos abandonaram a zona rural para as zonas urbanas devido à terrível seca que houve durante três anos.

culto
A igreja localizada no país de Angola

Em janeiro de 2015, fizemos uma campanha evangelística na localidade do Mucolo, resultando na conversão de 17 almas para Cristo. Em março, realizamos outra campanha, dessa vez no Kawa, onde 5 almas aceitaram a Jesus. E, no fim do ano, realizamos nosso batismo com 28 candidatos. Assim, a saída dos irmão para a zona urbana foi suprida e redobrada.

Em novembro, compramos um tereno na zona do Mucolo. Porém, as obras ainda não iniciaram devido à escassez de recursos.

Em julho, eu fui submetido a uma cirurgia. Com a graça de Deus, correu tudo bem. Tive um grande apoio, tanto espiritual como material, de missionários locais.

Uma palavra da missionária Janice que me deu muita força, pois estava um pouco temeroso, foi a seguinte: “Se os médicos disseram para ser operado, vai! Eles vão fazer a parte deles e Deus fará a Sua. Vai na vontade de Deus”, e graças a Deus foi tudo na vontade de Deus!

Este ano, matriculei-me no curso médio de teologia. Peço oração para que possa concluí-lo com êxito.

Termino agradecendo aos Heróis da Fé que tem dado seu melhor para que a missão que o Senhor nos confiou seja uma realidade. Que Deus acrescente a vossa fé!

Vosso servo em Cristo,
Domingos Sampaio

MISSIONÁRIO FRANCISCO DA SILVA REALIZA VIAGEM MISSIONÁRIA AO PAÍS DA BOLÍVIA

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Deus se manifestando entre o seu povo

O Missionário Francisco da Silva juntamente com o Pb. Luis Chincha, Dc. Juan Sanchez e o irmão Nicolaz Alberto realizaram uma viagem ao país da Bolívia. Leiam a seguir o relato!

Saudações a todos os santos. Graças a Deus estamos muito abençoado colhendo as bençãos de Deus. Escrevo este breve relatório para dar conhecimento de uma visita que realizamos para o país da Bolívia.

Partimos de La Plata, Argentina, e permanecemos 05 dias no país da Bolívia. Do dia 05 até 09 de março do corrente. Visitamos duas cidades: Concepción, e Sucre. Juntamente comigo viajaram o Pb. Luis Chincha e o Dc. Juan Sanchez, e Estagiário Nicolas Alberto.

A primeira cidade foi Concepción, que está localizado entre as cidades de Potosi e Sucre, na quarta-feira dia 06. Realizamos um culto na qual pudemos adorar ao Senhor juntamente com os irmãos bolivianos. A platéia foi de 30 pessoas. A Glória do Senhor foi derramado de forma abundante. O Pb. Luis Chincha ministrou a palavra de Deus no idioma Quéchua.
No dia 07 viajamos para a cidade Sucre, que fica distante cerca de 50 quilômetros a partir da casa do Dc. André Llanos. O Dc. André Llanos anteriormente fora o encarregado da igreja na cidade de Pluttier, na Província de Neuquén, na Argentina. Atualmente ele retornou para o país da Bolívia. O objetivo da nossa viagem para a cidade de Sucre, foi devido a uma revelação de Deus para o Dc. Andres Llanos. Atualmente ele tem orado para abrir a nossa igreja na cidade de Sucre. Então viajamos para espiar a terra. O lugar não somente é lindo, como é apropriado para o início da Igreja na cidade.

Necessitamos de alguns valores para comprar as cadeiras, os aparelhos de som, e a ajuda para manter um obreiro.

Estamos crendo que em breve o Senhor Jesus fará algo por este novo projeto. Peço a vossa ajuda sobre este assunto.

Deus vos abençoe grandemente.

Missionário Francisco da Silva, Rosane, Francielle, Misael.

La Plata – Argentina

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