VIAGEM MISSIONÁRIA A MOÇAMBIQUE – 2ª PARTE

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Interior da igreja de Samora Machel

Nesta segunda parte de seu relato, o Pr. Humberto Schimitt Vieira, Presidente da AME Heróis da Fé, conta como foi a primeira etapa do trabalho realizado em Moçambique, quando os pastores Ildo Manica, Hubert Gbenakou e Valdimir de Almeida conheceram algumas congregações e iniciaram o Seminário na cidade de Tete. Confira:

PRIMEIRA ETAPA

A Chegada

Ao chegar em Tete, a primeira parte da comitiva foi recebida pelo irmão Tutu Franque Camanga, que foi o instrumento de Deus para a entrada do Ministério Restauração em Moçambique, após ter sido impactado por Deus ao participar do Seminário Bíblico ministrado pelos pastores Humberto Schimitt Vieira e Hubert Gbenakou na vizinha República de Zâmbia.

Acompanhava o irmão Tutu o irmão Raimundo Rendecão, dirigente de uma congregação no bairro Samora Machel, em Tete, e o irmão Elias Camuendo, Major do Exército Moçambicano e membro da Igreja no mesmo bairro.

O Hotel

Quando a irmã Ivoneide, secretária da AME HERÓIS DA FÉ, perguntou ao Pr. Humberto qual hotel deveria reservar pela Internet, recebeu como resposta “o mais barato “. E assim ela fez. Dessa forma, os irmãos rumaram para um hotel com cabanas de madeira, retirado da cidade. Os primeiros dias foram de grande tribulação, pois foi destinada aos irmãos uma cabana em cujo forro havia uma comunidade de ratos.

Numa das noites, o Pr. Ildo estava deitado, quando, de repente, um líquido estranho, que ele acredita que fosse urina de rato, caiu sobre seu rosto. Em outra noite, os ratos derrubaram uma tábua ao lado da cama do Pr. Hubert, que saltou longe, enrolado no lençol, o que provocou muitos risos no Pr. Valdimir Almeida.

A tribulação durou dez dias, e só cessou no dia em que o Pr. Humberto chegou, pois nesse dia o dono do hotel transferiu os pastores para outra cabana, onde não havia ratos.

A partir daí, foi só bênção.

Registro da Igreja

A partir do dia seguinte ao da chegada, já na sexta feira, os irmãos se dedicaram a encaminhar o registro da igreja. Em razão disso, na outra quarta-feira, o Pr. Ildo e o irmão Tutu foram a Maputo, capital de Moçambique.

O registro de uma igreja é muito difícil em Moçambique. Porém, no antepenúltimo dia em Moçambique foi conseguida a conclusão da primeira fase dessa formalidade legal.

Agora, para o início da fase seguinte, deve-se esperar pelo menos trinta dias.

Visita às congregações

No primeiro domingo após a chegada em Tete, foi realizada a primeira visita às igrejas que, antes mesmo do Ministério Restauração chegar, já haviam solicitado a adesão meramente pelo testemunho do irmão Tutu e pelo exame das revistas da Escola Bíblica.

Foram visitadas as congregações de Inzambou, Kaiungue e Zobue, num raio de 120 km a partir de Tete. A viagem foi feita em uma camionete cedida pelo irmão Elias e não teve maiores incidentes a não ser um cabrito atropelado.

Os irmãos recebiam a comitiva com muita alegria, cantando.

No segundo domingo, dia 10 de dezembro, os pastores conheceram a Congregação do bairro Samora Machel e um cinema que também é utilizado para cultos no centro da cidade de Tete.

A primeira refeição

Para as refeições, durante as duas etapas do Seminário, compramos três cabritos – que é a carne preferida na árida província de Tete – e duas remessas de peixe.

Na primeira refeição junto com os obreiros, os pastores brasileiros tiveram o primeiro choque transcultural na culinária. Para honrar os visitantes foi-lhes servido somente as tripas do cabrito. Devagarzinho, comeram tudo.

Primeira parte do Seminário

Na primeira semana após a chegada, enquanto o Pr. Ildo foi a Maputo, os pastores Hubert e Valdimir ministraram o curso “Poder e Autoridade”.

Além de representantes de 18 igrejas da província de Tete, que haviam solicitado a presença dos pastores, vieram representantes de 31 congregações da província de Manica.

Dos 21 líderes presentes, apenas um era batizado com o Espírito Santo. Além desse fator, os pastores constataram que havia grande dificuldade de compreensão por não terem um conhecimento teológico prévio.

Foi constatado, ainda, que metade não sabia falar Português, mas apenas a língua tribal – Inhongue (de TETE) ou Shona (de Manica). Em consequência disso, não existe literatura evangélica disponível para esses irmãos.

Eles sabem apenas o que leem na Bíblia ou ouvem de algum pregador que passe em suas aldeias.

Deus, então, orientou os pastores a, além de ensinarem, orarem por batismo com o Espírito Santo. O Senhor confirmou a decisão, e cinco líderes foram batizados com o Espírito Santo. Aleluia.

Confira, a seguir, algumas imagens desta primeira etapa do trabalho em Moçambique:

Vídeo –  A recepção aos pastores do Brasil na igreja de Inzambou – Moçambique:

Vídeo –  Pr. Valdimir de Almeida mostra um pouquinho do interior da igreja de Kaiungue – Moçambique, após o encerramento de um culto:

Amanhã, se Deus permitir, publicaremos a última parte do relato do Pr. Humberto.

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