VIAGEM MISSIONÁRIA A MOÇAMBIQUE – 1ª PARTE

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Mulheres vendendo milho branco, com o qual se faz a n'shima (prato semelhante à polenta, porém branca)

Confira o primeiro relato do Pr. Humberto Schimitt Vieira sobre a viagem missionária ao país de Moçambique:

A VIAGEM

A viagem a Moçambique se dividiu em duas etapas: do dia 30 de novembro ao dia 12 de dezembro e do dia 12 a 17 de dezembro.

PRIMEIRA ETAPA

No dia 30 de novembro, chegou na cidade de Tete a comitiva formada pelo Pr. Ildo Manica, que veio resolver em especial as questões jurídica para a implantação jurídica da igreja em Moçambique, Pr. Hubert Gbenakou, supervisor da Região África e Ásia, e pelo Pr. Valdimir Almeida, encarregado da Área Palhoça e Supervisor da Região Norte de Santa Catarina e Leste do Paraná.

Na segunda parte da viagem, chegaram, vindos de Portugal, os pastores Humberto Schimitt Vieira e Sílvio Machado, acompanhados da irmã Ana Schimitt.

MOÇAMBIQUE                       

Moçambique é um país do Sudeste da África, com 28 milhões de habitantes, cuja capital é Maputo. É dividido administrativamente em dez províncias.

Moçambique foi colonizado por Portugal, tendo, por isso, o Português como língua oficial. Com a luta pela independência, surgiram duas forças político-militares que, embora lutando contra o mesmo inimigo (Portugal), eram antagônicas entre si: a FRELIMO, pró ex-URSS, e a RENAMO, pró Estados Unidos. Assim, após a independência, com a FRELIMO, liderada por Samora Machel, tendo dominado a capital, o país foi declarado comunista e desenrolou-se uma longa e sangrenta guerra civil, com FRELIMO dominando o Sul e as maiores cidades, e a RENAMO dominando amplas áreas rurais, especialmente no Norte e no Centro do país, entre as quais a Província de Tete (se pronuncia “Téte”).

O conflito dividiu o país, causou muitos milhares de mortos e contribuiu para a miséria do povo.

Com a morte de Samora Machel em um acidente aéreo, seus sucessores se afastaram do socialismo, abriu-se caminho para uma concertação nacional por meio de eleições, das quais participaram as duas forças políticas. Atualmente, a economia do país experimenta grande crescimento.

TETE

A província de Tete, cuja capital é a cidade de mesmo nome, está no centro-oeste do país, e, com quatro municípios, tem por volta de dois milhões de habitantes. Ao Sul, entesta com as províncias de Manica e Sofala.

A cidadela de Tete tem por volta de 200.000 habitantes e é cortada em duas metades pelo famoso Rio Zambeze, que é atravessado pela ponte Samora Machel.

RIO ZAMBEZE

O Rio Zambeze é o mais importante do Sudeste da África, cortando diversos países. O rio também tem acentuada importância tanto na formação da nação brasileira quanto na evangelização da África.

Ao longo do Zambeze se estabeleceram reinos africanos que se submeteram à Coroa Portuguesa, representada na região por fortificações chamadas prazos.

Esses reinos africanos arrasavam tribos e aldeias e levavam cativos os vencidos que, por sua vez, eram vendidos aos traficantes de escravos que abasteciam o mercado do Brasil. Assim, milhões de brasileiros têm suas raízes em povoados às margens desse rio infestado de crocodilos.

Se, por um lado, esse rio apresenta essa face triste, por outro lado ele brilha como o rio por onde o grande missionário David Livingstone alcançou o coração do Sul da África, tendo sido ele um dos maiores guerreiros contra a escravatura e até propriamente contra os próprios traficantes.

UMA CHAMADA

Quando tinha sete anos de idade, estava lendo, deitado no chão do meu quarto, a biografia de David Livingstone. De repente, o Espírito de Deus me tomou e me chamou para Sua obra. Eu era apenas uma criança: não sabia exatamente o que estava acontecendo e nem o peso daquilo que eu estava dizendo. Mas, de coração, disse a Jesus que queria entregar minha vida para Sua obra. A partir dali, muito embora tivesse sofrido um surto de rebeldia que foi interrompido ao receber o batismo com o Espírito Santo no dia 15.10.1979, com 13 anos de idade, eu sabia que minha vida seria dedicada para Deus. Tinha certeza que tudo era apenas uma questão de tempo.

Agora, com 51 anos, 44 anos após aquela tarde, sem me dar conta dos caminhos de Deus, me vi corporalmente no mesmo lugar em que mentalmente me achava no dia em que o Espírito Santo me encontrou.

Estava no hotel em Tete, meditando nas coisas maravilhosas que Deus estava fazendo durante a nossa estada naquele lugar, quando o Espírito Santo me fez lembrar daquela tarde de menino. Chorei. Como chorando estou ao escrever esse texto. Deus é fiel. Ainda que sejamos infiéis. A nossa infidelidade não tem o poder de destruir a fidelidade de Deus. Falhando e levantando, mas sempre lutando pela fé, sempre olhando para Jesus, querendo amá-lo e não amar o mundo, cheguei no Zambeze.

Confira, a seguir, algumas imagens da cidade de Tete:

Em breve, mais notícias sobre esta viagem missionária!

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