De 1º a 20 de junho, uma comitiva brasileira, composta pelo Pr. Humberto Schimitt Vieira, Presidente do Ministério Restauração e da A.M.E. Heróis da Fé, Pr. James Schimitt Vieira, de Porto Alegre/RS, e irmão Eduardo Silva, de Três Rios/RJ, empreendeu uma grande viagem missionária pelos países Índia e Nepal. Confira, a seguir, um pouco do que Deus realizou durante esses dias naquelas distantes nações:

Após a chegada na Índia, a comitiva – recepcionados e auxiliados pela irmã Mari na cidade de Bangalore – começou um intenso programa de jejum, oração e trabalho.

Bangalore é uma megalópole, a terceira maior cidade da Índia. Reúne desde milionários até miseráveis. Nela, coexistem mansões e vilas inteiramente formadas por barracos de lona plástica. Há bairros inteiros onde cada família mora em uma minúscula peça.

Os cinco primeiros dias foram destinados à oração, jejum, legalização da igreja e preparação tanto dos dois seminários que foram realizados em Bangalore, quanto da inauguração da igreja e do templo.

Legalização da Igreja 

Em uma verdadeira corrida contra o relógio, foi possível, em uma semana, após diversas reuniões com um advogado, legalizar o Ministério Restauração no estado de Karnataka, cuja capital é Bangalore.

Templo 
O templo está localizado em uma das esquinas mais movimentadas da cidade, numa junção de quatro conhecidas avenidas: Haines, Pottery Road, Bore Bank Road e Tannery Road. Muitos milhares de carros passam diariamente por ali, além de inúmeras linhas de trem.

A igreja ficou localizada justamente na linha que divide a miséria da riqueza. Quando se fala em Tanery Road, todos temem. Sequer os motoristas de riquixá querem ir lá. Assim, localizado no início dessa avenida, o templo ficou no limite onde ricos e pobres se animam a ir.

O salão é amplo, com depósito, cozinha, sala pastoral e banheiro.
A localização é ótima. Quando os irmãos do Brasil iam orar no templo, a qualquer hora do dia ou da noite, pessoas entravam na igreja para pedir oração, e algumas delas, que entraram doentes, foram curadas pelo poder de Jesus.

À noite, alguns bêbados entraram na igreja e foram tocados por Jesus, ficando curados da embriaguez. Durante o dia, a maior parte dos que entravam para orar e receber oração eram as crianças.

Visita à Escola 

Pr. Humberto, Pr. James e irmão Eduardo tiveram a oportunidade de visitar a escola onde a irmã Mari leciona português. Ficaram impressionados com o carisma que ela tem entre as crianças. Todas corriam na sua volta, saudando os visitantes em português, e, em um minuto, uma parte delas se agrupou em forma de coral e começou a cantar: “é bom, é muito bom, é muito bom ter Jesus no coração… “

Motocicleta 

Com as ofertas de “Heróis da Fé” do Brasil, foi comprada uma moto Honda zero km,  de 110 cc, para uso do obreiro local, Pb. Moses Nandam.

Seminário para Obreiros em Bangalore 

O seminário para obreiros começou na quinta-feira, dia 9 de junho, estendendo-se até sábado, dia 11, tendo sido ministradas as matérias “Ética Ministerial” e “A Conquista de Ser Servo”, com os obreiros jejuando todos os dias.

Participaram do evento obreiros de Durkee, Markapur, Tripuranthakam, Vinukonda, Macherla e Miriampalle – todas essas cidades do Estado de Andra Pradesh -, além de irmãos de Bangalore, Karnataka.

Seminário Geral em Bangalore 

Durante os mesmos dias, de quinta-feira a sábado, foi ministrado o Seminário “Quem é Deus, Quem é o Homem, como tocar em Deus”.

Na ocasião, Deus derramou da Sua glória. Um casal que vinha sendo evangelizado pela irmã Mari aceitou a Cristo como Salvador.

Um outro caso interessante aconteceu com a professora de Kannada (língua oficial do Estado de Karnataka) da irmã Mari. Embora tendo nascido numa família hindu, não concordava com o hinduísmo, pois, segundo ela, nos cultos hindus somente podia chegar perto da imagem do deus as pessoas ricas e de casta alta.  Entretanto, há anos ela visitava igrejas cristãs, juntamente com seu marido, e não via diferença entre um culto hindu e cristão, pois, para ela, tudo não passava de palavras ocas. Porém, ela própria testificou que, no sábado, pela primeira vez na vida, sentiu Deus, e as coisas passaram a fazer sentido. Seu esposo, que já era cristão, foi tocado por Deus, caiu no chão e foi cheio do Espírito Santo. Esse homem fala cinco idiomas. Quem sabe não será um valoroso obreiro do Senhor em solo indiano? Agora, o casal quer seguir no Ministério. Ore por eles. Os servos do Senhor foram até a casa deles e, por quase três horas, responderam suas perguntas.

Outras pessoas foram igualmente alcançadas pela Palavra de Deus. Somente o tempo e o céu hão de revelar o que Deus fez nesses dias.

Inauguração da Igreja 

No domingo, dia 12, foi oficialmente inaugurado o templo na cidade. Mais de trinta irmãos vieram do Estado de Andra Pradesh, viajando mais de 1.000 km ida e volta.

Foi um culto maravilhoso. Dentre as muitas coisas que Deus fez nesse dia, chamou a atenção o trabalho do Espírito Santo trazendo pessoas na igreja. Dentre os que vieram ao culto, estava o advogado contratado pela Igreja, Dr. Arno Armstrong, e o dono da casa de aluguel onde mora a irmã Mari, Sir Utah, juntamente com sua esposa, sra. Nimy. Eles são hindus – ou, quem sabe, eram –  mas gostaram tanto da igreja que, no outro domingo, retornaram ao culto trazendo membros de mais duas famílias. Eles estão sendo evangelizados, acima de tudo, pelo testemunho da irmã Mari, segundo relatou Sir Utah.

Batismo em Águas 

No domingo à tarde, divididos em cinco riquixás lotados, além do carro da igreja, o Alto, que, menor que um Fiat Uno, transportou 8 pessoas de uma só vez, todos “viajaram” para o outro lado da cidade, para realizar o batismo de quatro novas irmãs, duas de Bangalore e duas de Vinukonda.

Viagem ao Topo do Mundo

No dia 13, segunda-feira, pela madrugada, chegou a hora da partida para o Nepal, chamado de Topo do Planeta, pois, naquele país, na cordilheira do Himalaia, estão localizados os picos mais altos do mundo.

Foram 20 horas de viagem desde a casa da irmã Mari em Bangalore até Pokhara, no Nepal. Devido ao adiantado da hora, quando os irmãos chegaram em Kathmandu, capital do país, não havia mais ônibus, e tiveram que pegar um táxi. Foram 7 horas para fazer 200 km até Pokhara, onde está a sede do trabalho no Nepal.

Seminário para Obreiros 

Desde a manhã de terça-feira, até a tarde de quinta-feira, foram ministrados os cursos “Poder e Autoridade” e “A Conquista de Ser Servo” para mais de trinta obreiros de oito diferentes denominações. Em um dos dias, o seminário foi ministrado em jejum. Por diversas vezes a glória de Deus caía e o seminário se transformava em campanha de avivamento. Aleluia. O próprio encarregado local, irmão Louis Xavier, testemunhou que Deus mudou a sua vida nesses dias.

A fome de aprender é grande naquele país dominado pelo hinduísmo e pelo budismo. Os obreiros suplicaram que o material que foi levado em inglês fosse traduzido para o nepali, língua oficial do Nepal.

Seminário Geral 

O seminário geral para o povo, de terça-feira até quinta-feira, sempre à noite, trouxe momentos de avivamento e salvação. Boa parte de ambos seminários foi feito à luz de velas, pois falta luz na maior parte do dia naquela cidade, que é a segunda maior do país.

Regresso à Índia 

Na sexta-feira, cedo, a comitiva retornou a Kathmandu, de ônibus. Dessa vez, foram dez horas para fazer 200 km, na estrada de montanha, cheia de curvas. A cada curva, um perigo, e também uma sempre surpreendente paisagem. De um lado, a montanha. Do outro lado, o precipício, que termina sempre em um rio de águas bravias.

No outro dia, de avião, os irmãos partiram para New Delhi, capital da Índia, onde foi feita a conexão para Bangalore. Ao chegarem na cidade, todos já foram para a igreja, onde mais um culto estava prestes a iniciar.

Surpresa 

No domingo, enquanto o Pr. Humberto foi pregar na igreja cujo pastor é o diretor da escola onde a irmã Mari leciona, e por meio do qual ela conseguiu o visto, o Pr. James ministrou a escola dominical na igreja recém-inaugurada.

Após a escola, o Pr. Humberto retornou e pregou a palavra de Deus. Sua glória, mais uma vez, foi derramada.

Deus reservara algumas surpresas para aquela manhã. A primeira é que o casal de hindus que é proprietário da casa alugada em que a irmã Mari vive não somente veio na igreja como trouxe mais convidados. Aleluia.

A segunda surpresa maravilhosa foi que a glória de Deus foi derramada de maneira poderosa. Inclusive, Jesus batizou com o Espírito Santo a jovem que estava fazendo a tradução para o telugu. O Pr. Humberto teve que seguir ministrando somente em inglês, pois a irmã Zípora, em vez do telugu, passou a falar em novas línguas.

Primeira Santa Ceia 

No domingo à tarde, ocorreu a primeira Santa Ceia em Bangalore, dando-se, assim, a partida inicial da igreja naquela cidade.

O Pb. Moses Nandam ficou responsável pela área espiritual da igreja, e a irmã Mari pela parte administrativa e material.

Despedida da Índia 

Foram dias de intenso trabalho e batalhas espirituais. Em nenhuma noite, os servos de Deus dormiram o suficiente: o intenso trabalho e o combate espiritual não permitiam.

A irmã Mari se mostrou uma gigante, pois era a primeira a começar a trabalhar e a última a deitar, já que, além de arrumar tudo e preparar a alimentação, tinha que deixar a casa onde mora e que destinou para os visitantes brasileiros, para ir a um outro lugar que conseguiu para dormir.

Depois da Santa Ceia, não houve trégua ao trabalho: três das famílias que estão participando dos cultos ouviram mais da palavra de Deus em suas próprias casas ao receberem a visita dos irmãos, que voltaram para casa com tempo suficiente apenas para comer alguma coisa e arrumar as malas.

A uma hora da manhã, a irmã Mari conduziu o cansado, mas satisfeito trio, no carrinho Alto, de apenas 800 cc, ao aeroporto. As malas e os passageiros eram demais para o pequeno veículo, mas assim é a obra na Índia: um desafio acima da capacidade humana. Porém, tal qual o pequeno Alto, gemendo seu motorzinho, com as malas amarradas em seu teto, conduziu os servos do Senhor ao aeroporto, assim também Deus dará condições a todos os envolvidos nessa obra, quer aqui no Brasil, quer no front, para levar a bom termo esse desafio, embora, muitas vezes, gemendo sob o peso de tamanha carga.

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